*Por Claudia Rivoiro
Quando se pensa em produção de vinhos na vizinha Argentina, o pensamento se volta imediatamente para os tintos. Errado. A produção de vinhos brancos já têm significativa participação nos negócios da Bodega Norton, uma das maiores produtoras do mundo, que tem a sua base de produção na região de Mendoza.
Uma marca que nasceu há 127 anos, exporta para mais de 70 países, com cinco vinhedos distribuídos pelos principais terroirs aos pés da Cordilheira dos Andes, tem no Brasil o seu terceiro maior comprador, atrás somente dos Estados Unidos e da Holanda.
Com uma produção anual de 20 milhões de garrafas e metade desse número são vinhos brancos, que tiveram o seu incremento no início da década de 2000 e só vem crescendo. Segundo o seu CEO e presidente da marca, o austríaco Michael Halstrick, descendente da família proprietária dos Cristais Swarovski, a qualidade dos produtos passa pela competência dos profissionais que nela trabalham. “Estamos sempre pensando em trazer novos produtos sob a batuta do enólogo David Bonomi”, enfatizou.
Michael Halstrick, CEO da marca
A Norton é o quinto maior produtor de vinhos do mundo com mais de 150 premiações em sua carteira. Uma das características ressaltada por Bonomi é que a produção da Norton não tem envolvimento com animais, sendo vinhos veganos, com uvas cultivadas em 5 regiões distintas em 1.200 hectares.
No Brasil, o rótulo é vendido com exclusividade há um ano pela Casa Flora e pela importadora curitibana Porto a Porto.
Para o diretor da Casa Flora, Antonio Pereira Carvalhal Neto, a aceitação da marca no Brasil é muito boa, agregando bastante ao portfólio da distribuidora.” Vendemos mais os tintos da marca, em especial o Porteño Malbec, mas a nossa expectativa é aumentar os nossos negócios com a Norton, que oferece vinhos com preços ao consumidor a partir de R$50, o que é extremamente competitivo no mercado brasileiro”, destacou.
jornalista viajou a Mendoza a convite da Bodega Norton e da Casa Flora.