Catharina Sour completa três anos no BJCP

Há três anos, o Beer Judge Cerfication Program (BJCP) atestou o movimento criativo dos cervejeiros brasileiros. A Catharina Sour, estilo criado em 2016, entrou oficialmente para um dos guias mais importantes do mundo da bebida no dia 4 de julho de 2018. A inclusão aconteceu apenas três anos depois das primeiras produções, nas panelas dos cervejeiros caseiros. 

A Catharina Sour é uma cerveja refrescante, com baixo amargor, corpo leve e boa carbonatação. A graduação alcoólica vai de 4% a 5,5% e o índice de IBUs varia de 2 a 8. Entre as obrigatoriedades do estilo está a inclusão de uma fruta, de origem brasileira ou não.

Carlo Bressiani, diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), diz que o ingresso no BJCP é, por si só, um marco. No entanto, o grande destaque da Catharina Sour é refletir a brasilidade e, exatamente por isso, ter se tornado um símbolo da relação do país com a bebida. “É um estilo refrescante, tropical, que abre uma variedade infinita de variações regionais. Ela mostra que os cervejeiros daqui podem criar cervejas diferentes, através de capacidade técnica e insumos para isso”, explica. “Fazer boas cervejas criadas em outros locais é uma tarefa difícil, que já conseguimos cumprir. Já construir um estilo mostra o quanto podemos ser competentes na inovação em relação ao mercado cervejeiro global”, ressalta. 

A evolução na percepção dos brasileiros sobre o que é cerveja passa pela popularização de estilos como a Catharina Sour, de acordo com o especialista no mercado cervejeiro. “Até pouco tempo atrás, cerveja tinha uma cor e temperatura para o público. Quando desconstruímos isso, trazemos para o consumidor uma amplitude sensorial que conecta definitivamente a cerveja a cultura, a história e a gastronomia”, destaca Bressiani. 

 

Foto: Daniel Zimmermann

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